O maior número de queixas visou os procedimentos administrativos, seguindo-se os tempos de espera e os cuidados de saúde e segurança do doente.
Os procedimentos administrativos, os tempos de espera e os cuidados de saúde e segurança lideram as 11 mil reclamações dos utentes em 2014, primeiro ano em que a Entidade Reguladora da Saúde recebeu queixas dos sectores público e privado.
De acordo com o Relatório de Actividades da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) relativo a 2014, nesse ano deram entrada neste organismo 10.948 reclamações.
Em relação ao ano anterior, registou-se um aumento significativo de queixas (mais 2.788), o que se deve, em parte, ao facto deste regulador ter começado a receber, a partir do último trimestre de 2014, as exposições do sector público e privado.
Até essa data, à ERS apenas chegavam as reclamações dos estabelecimentos prestadores de cuidados de saúde do sector privado.
O maior número de queixas (2.882) visou os procedimentos administrativos, seguindo-se os tempos de espera (2.385) e os cuidados de saúde e segurança do doente (2.023).
Foram igualmente objecto de queixa a focalização no utente (1.227 reclamações), as questões financeiras (1.109), o acesso a cuidados de saúde (575), as instalações e serviços complementares (357).
Os elogios e louvores motivaram 115 exposições que chegaram à ERS.
A ERS encaminhou 331 reclamações (3,8% do total de processos terminados), as quais tiveram como destinatários principais a Ordem dos Médicos e a Ordem dos Médicos Dentistas. “Em 79,6% dos casos as reclamações foram objecto de decisão final de arquivamento por a ERS ter considerado versarem sobre matéria grave ou que careciam de diligências suplementares da sua parte, sendo certo que os utentes não se manifestaram contra as alegações apresentadas pelos prestadores reclamados”.
Fonte: Rádio Renascença, 12 de maio de 2015