A Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve considerou que a garantia de aprovação do plano de investimentos 2017/2019 do Centro Hospitalar da região, dada pelo Governo, permite adquirir equipamento urgente e melhorar a capacidade de resposta aos utentes da região.
O plano de investimentos para os próximos três anos tinha sido apresentado pelo conselho de administração do Centro Hospitalar do Algarve (CHA) à tutela na semana passada e ontem a ARS informou que o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, garantiu a sua aprovação.
O plano tem previsto realizar investimentos de 19,1 milhões de euros entre 2017 e 2019 em todas as unidades geridas pelo CHA – Hospitais de Faro, Portimão e Lagos e Serviços de Urgência Básica de Loulé, Albufeira e Vila Real de Santo António – mas, a “principal fatia” (no valor de 11,2 milhões de euros), será avançada já no próximo ano, adiantou a ARS algarvia.
“Há várias situações que estão contempladas: a resolução de problemas na área da imagiologia, estando previstos investimentos na área da TAC e também na área da cardiologia de intervenção, que é uma área muito específica e muito diferenciada e em que, de facto, o equipamento existente já tinha alguns anos e já estava a merecer ser renovado”, adiantou à agência Lusa o vogal do conselho diretivo da ARS, Tiago Botelho. A mesma fonte acrescentou que este equipamento da área da cardiologia é utilizado no tratamento e prevenção de enfartes do miocárdio e “já estava há algum tempo a merecer atenção em termos de reequipamento”.
Tiago Botelho referiu ainda que este plano de investimentos prevê “situações que não são propriamente urgentes, mas são importantes no funcionamento dos hospitais”, como a realização de “obras de adaptação e de reorganização funcional” ou “equipamento para os blocos operatórios poderem ter todas as salas devidamente equipadas para todos os tipos de cirurgias”.
“Está previsto um valor importante de tecnologia muito diferenciada, que permite aos profissionais cobrirem todo o leque de atividade para o qual estão preparados. Permite rentabilizar melhor quer os profissionais que temos, quer as próprias instalações, e isso significa, para as pessoas e para os cidadãos, menos tempo de espera e maior acessibilidade aos serviços. E seguramente também mais segurança para aquilo que fazemos”, considerou o vogal da ARS do Algarve.
Tiago Botelho concluiu afirmando que esta garantia da tutela “demonstra que o Governo conseguiu ouvir aquilo que eram as necessidades específicas do Algarve” e que “irá ajudar, nos próximos três anos, a ter melhores condições de funcionamento” nas unidades do CHA.
Fonte: Jornal Médico, 27 de dezembro de 2016