A presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, Marta Temido, admite que os doentes não têm grande liberdade de escolha dos hospitais onde querem ser tratados, e reconhece que as unidades hospitalares referenciam os utentes consoante a sua área de residência, mas por questões orçamentais.
“Não por questões orçamentais, mas por razões organizativas, os hospitais normalmente têm essa preocupação de referenciar – não é de não atender os doentes que não são da sua área de influência – para um hospital geograficamente competente os doentes que pertencem a outra área de influência”, afirma Marta Temido à Antena 1.
Questionada pelo jornalista Frederico Moreno se um doente que queira receber tratamento num hospital fora da sua área de residência tem essa possibilidade, a responsável responde que “esse é outro aspeto da questão”.
“O facto de os hospitais neste momento terem áreas de atração em função da geografia não prejudicaria que os doentes pudessem ter uma maior liberdade de escolha. Neste momento, de facto, ela não existe”, frisa.
O Diário de Notícias revela esta manhã que depois do São João do Porto e do Santa Maria de Lisboa, o Centro Hospitalar de Lisboa Central também recusou doentes de fora da sua área de residência.
Fonte: RTP Notícias, 25 de Fevereiro de 2014