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A integração vertical de cuidados de saúde: resultados de eficiência em um hospital integrado numa Unidade Local de Saúde

Resumo

A prestação de cuidados de saúde hospitalares em Portugal, ao longo dos anos, gerou elevados custos e ineficiências no setor da saúde, o que exigiu uma reforma no seu modelo de gestão. De modo a promover a sustentabilidade neste setor, os sucessivos governos reequacionaram a sua estratégia para a política de saúde, particularmente no que se refere ao subsetor hospitalar.

Desde os anos 90, foram realizadas experiências inovadoras na gestão das unidades hospitalares e a partir de 2005, os hospitais foram progressivamente transformados em Entidades Públicas Empresariais (E.P.E), estatuto que mantêm até ao ano 2018. Em simultâneo, para maximizar a eficiência dos hospitais, foram realizadas fusões (processos de integração horizontal de cuidados de saúde) que deram origem aos atuais Centros Hospitalares e, de forma a promover uma integração entre cuidados de saúde primários e hospitalares (integração vertical de cuidados de saúde) foram criadas Unidades Locais de Saúde.

O objetivo do presente estudo é verificar se a integração do Hospital Amato Lusitano na Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, E.P.E., gerou ganhos de eficiência para a unidade hospitalar. Para isso, recorreu-se num primeiro momento, à técnica da Data Envelopment Analysis para apurar os resultados de eficiência e, posteriormente, à análise de conteúdo das entrevistas realizadas aos Diretores de Serviço e elementos do Conselho de Administração que lideraram as equipas ao longo dos anos. Como resultados, verificou-se que a integração do hospital Amato Lusitano na Unidade Local de Saúde de Castelo Branco promoveu uma melhoria nos resultados de eficiência técnica que alcançou um score de 93% no ano 2017. Desta forma, é possível concluir que o modelo de integração trouxe algumas vantagens em termos de resultados de eficiência, mas poderia ter tido um maior impacto caso existisse uma articulação mais efetiva entre os principais níveis de prestação.

Artigo da autoria de Sérgio Farias, Mestre em Gestão de Unidades de Saúde, e Alexandre Morais Nunes, Professor Auxiliar Convidado e Coordenador Executivo da Pós Graduação em Administração e Gestão da Saúde – ISCSP.





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