O líder parlamentar do PS contestou a hipótese de a saúde sofrer um corte de 800 milhões de euros em 2012, advertindo que podem estar em causa os indicadores de qualidade na área.
Carlos Zorrinho falava aos jornalistas no final de uma reunião do Grupo Parlamentar do PS, na qual disse ter sido discutido o impacto «dos cortes cegos» que estão a ser anunciados pelo Governo para a área da saúde.
«Sabemos que o Ministério da Saúde se propõe cortar 800 milhões de euros. O que nos preocupa é a aceitação por parte da tutela da Saúde de que Portugal tem indicadores de saúde muito bons e que pode desistir desses indicadores de saúde», disse o líder da bancada socialista.
Carlos Zorrinho contrapôs que essa «não é a filosofia do ajustamento estrutural preconizado pelo PS?.
«Defendemos a racionalização, a melhoria dos serviços, mas achamos que o país não pode aceitar retrocessos nos seus indicadores de saúde. Se há uma área em que Portugal tem bons indicadores é nas ofertas de saúde», frisou.
O presidente do Grupo Parlamentar do PS disse depois estar disposto a encontrar fórmulas de colaboração com o Governo «no sentido de manter os bons indicadores de saúde de forma mais operacional».
Interrogado se na reunião da bancada foi discutido o posicionamento do PS perante o próximo Orçamento do Estado para 2012, Carlos Zorrinho respondeu que esse tema não foi abordado de forma directa.
«Mas todos os assuntos que discutimos têm a ver com o Orçamento do Estado», acrescentou.
Fonte: TSF, 06 de Outubro de 2011