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Há 500 médicos mortos nas bases de dados das unidades de saúde

Público

Responsável reconhece que “a limpeza de ficheiros é uma ferramenta de combate à fraude” .

A troika exigiu ao Ministério da Saúde que passe a enviar a cada médico uma lista das suas prescrições e ao fazer-se o trabalho de preparação para cumprir esta meta foram encontrados nas bases de dados das unidades de saúde portuguesas 500 médicos mortos, confirmou ao PÚBLICO o vice-presidente da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS). Fernando Mota desvaloriza o número como potencial de fraude.

Para preparar o processo de prescrição electrónica e de vigilância dos níveis de receituário de cada médico, a ACSS pediu às unidades do país, desde hospitais a administrações regionais de saúde e agrupamentos de centros de saúde a lista dos seus médicos, com vista a ter uma lista nacional actualizada dos clínicos que receitam medicamentos. O que encontrou, em Junho deste ano, foi meio milhar de médicos em que “a probabilidade de estarem vivos era muito baixa”, devido às datas de nascimento, admite Fernando Mota.

O vice-presidente da ACSS atribui este número “à falta de esforço organizado de actualização das base de dados. Há dezenas de bases no país e não há um registo central, só a Ordem dos Médicos a tem e também tem este tipo de dificuldades”, refere.

O responsável diz que uma coisa é a necessidade de fazer limpeza de bases de dados, outra é a questão da fraude. Mas ainda este ano, no seu relatório de actividades de 2010, a Inspecção-geral de Actividades em Saúde (IGAS) dava conta de médicos mortos que continuavam a receitar.

Fonte: 1 de Outubro de 2011

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