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Organizações do Serviço Nacional de Saúde como Ambientes de Trabalho Saudáveis

Autores: Tânia Gaspar, Emília Telo, Saúl Jesus, Miguel Xavier, Maria do Céu Machado, Margarida Gaspar de Matos, Manuela Faia Correia, José Luís Pais Ribeiro, João Areosa, Fábio Botelho Guedes, Ana Cerqueira, Helena Canhão & Laboratório Português de Ambientes de Trabalho Saudáveis

O Laboratório Português de Ambientes de Trabalho Saudáveis tem como objetivo o estudo aprofundado, sistemático e ecológico da saúde e do bem-estar dos profissionais e das organizações e a colaboração na promoção e proteção da saúde e dos riscos em contexto laboral em Portugal, não negligenciando o desempenho. Considerando os atuais contextos de trabalho é importante promover um equilíbrio entre saúde e produção, o qual deve ter como meta a obtenção de ambientes de trabalho cada vez mais dignos, produtivos e saudáveis. Pretende caracterizar a situação nacional ao nível das necessidades de intervenção e da fundamentação, design/estruturação, avaliação e inovação de programas de intervenção e políticas com impacto na saúde e bem-estar, desenvolvimento saudável e sustentável dos profissionais e das organizações em constante ligação à sociedade, numa lógica ancorada no triple bottom line (Profit, People, Planet). https://laboratoriopats.wixsite.com/labpats/cópia-sobre-labpats-1

Em 2024 foi realizado um estudo aprofundado das Organizações de Saúde do Serviço Nacional de Saúde, uma vez que os profissionais de saúde revelaram indicadores menos positivos ao nível global dos diferentes indicadores do Ecossistemas de Trabalho saudáveis em comparação com outros grupos profissionais (Gaspar et al., 2024).

QUEM FORAM OS PROFISSIONAIS (Amostra)?

O estudo das Organizações de Saúde do Serviço Nacional de Saúde envolveu, no seu total, 2190 participantes, com idades compreendidas entre os 19 e os 71 anos (M= 44,73, DP= 10,29), pertencentes a diferentes unidades de saúde.

A maior parte dos participantes (63,3%) refere ser casado ou viver em união de facto (n=1386), 25,1% encontram-se solteiros (n=550), 10,7% referem estar divorciados ou separados (n=234) e 0,9% referem ser viúvos (n=20). 1502 dos participantes (68,6%) referem ter filhos. 33,4% (n=723) são da geração Y (nascidos entre 1981 e 1996), 28,5% (n=624) da geração X (nascidos entre 1965 e 1980), 20,3% (n=444) da geração Z (nascidos entre 1997 e 2010) e 17,8% (n=390) a geração baby boom (nascidos entre 1946 e 1964).

Ao nível da escolaridade, 50% referem ter licenciatura (n=1095), 29,3% têm mestrado (n=640), 14,8% têm o ensino secundário concluído (n=323), 2,6% têm doutoramento (n=57), 1,6% tem outra formação (n=35), 1,5% tem o ensino básico concluído (n=33) e 0,3% não completou o ensino básico (n=7).

Em relação à situação profissional, a maioria dos participantes, 61,2% tem um contrato sem termo (n=1340), 456 dos participantes (20,8%) têm um contrato a termo incerto (n=456), 14,1% têm contrato a termo certo (n=308), 3,1% encontram-se noutra situação profissional (n=67) e 0,8% é trabalhador independente/liberal (n=18).

A maioria dos participantes, 70,2% não tem uma doença crónica (n=1537) e 29,8% têm doença crónica (n=653).

Quanto à categoria profissional, 29,1% são enfermeiros (n=637), 17,3% são médicos (n=379), 16,1% são assistentes operacionais (n=353), 16% são técnicos superiores (n=350), 14% são farmacêuticos (n=307), 82 (3,7%) são psicólogos (n=82), 43 (2%) são administrativos (n=43) e 1,8% são gestores (n=39).

Artigo completo em: https://issuu.com/spgsaude/docs/revista37

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