No esforço de consolidação das contas do SNS, os hospitais têm de entrar com 34%, a maior fatia.
O Ministério da Saúde tem dois anos para poupar cerca de 1.088 milhões de euros e os utentes terão de suportar cerca de 10% deste esforço. São mais de 104 milhões, o equivalente a um milhão de euros por semana em 2012 e 2013.
A contribuição dos portugueses poderá ser feita por várias vias: corte nas deduções fiscais com saúde, aumento do preço dos medicamentos e das taxas moderadoras, redução das isenções e diminuição das coberturas (como o transporte de doentes ou os reembolsos directos).
As medidas estão pré-anunciadas pela ‘troika’ e Paulo Macedo corre contra-relógio. O ministro tem uma semana para apresentar os aumentos e isenções das taxas moderadoras. A ideia de anexar o valor das taxas aos rendimentos ficou por terra. Pagam os que podem e quem não tem recursos ficará isento, já garantiu Paulo Macedo. Ainda assim, os aumentos podem ser substanciais. Na entrevista que deu à RTP na terça-feira, o primeiro-ministro não quis levantar o véu. “Não posso afirmar qualquer ideia parecida com essa”, disse Passos Coelho quando questionado se o valor das taxas poderia duplicar.
Fonte: Económico, 22 de Setembro de 2011