À TSF, o presidente da Associação dos Administradores Hospitalares recomenda «cautela» às avaliações do ministro da Saúde, sublinhando que as dívidas dos hospitais seriam muito menores se a tutela pagasse o que deve.
O ministro da Saúde garantiu, esta quarta-feira, que «um terço» dos hospitais-empresa estão em falência técnica e que estes tiveram um défice de 322 milhões de euros em 2010 e de cerca de 300 milhões em 2011.
«É preciso cuidado com essas avaliações. E o dinheiro que o Ministério da Saúde não paga aos hospitais, o encerramento de contas de 2009 e de 2010, as dívidas da ADSE?», questionou o presidente da Associação dos Administradores Hospitalares.
No entanto, Pedro Lopes reconheceu que a situação nos hospitais é «complicada», afirmando que «há muitos anos que deviam ter sido tomadas atitudes» em relação aos hospitais que se encontram numa «situação de inconstância e desequilíbrio orçamental».
O responsável defendeu, ainda, que os gestores dos hospitais têm que contribuir para o equilíbrio das contas públicas, considerando que a saúde não pode sofrer cortes de financiamento proporcionais às dificuldades orçamentais do país.
Fonte: TSF, 07 de Setembro de 2011