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PR pede consenso dos partidos sobre candidatura portuguesa à EMA

O Presidente da República (PR) pediu ontem que os partidos “estabilizem a opinião” sobre a localidade portuguesa a candidatar à Agência Europeia do Medicamento (EMA), escolhendo “a que tem melhores hipóteses de ganhar” e “remando na mesma direção”.

“O que o PR pode desejar, em primeiro lugar, é que rapidamente os partidos definam uma posição. Se é a que tinham, se é outra e qual: Porto ou Braga. Depois, que definam por consenso, para um não defender uma coisa e outro defender outra”, pediu Marcelo Rebelo de Sousa, questionado sobre a possibilidade de ainda haver unidade nacional relativamente à localidade portuguesa a candidatar à sede da EMA, que deve abandonar Londres com a saída do Reino Unido da União Europeia (UE).

“É preciso que todos se juntem para que Portugal ganhe, porque isso é que é importante”, acrescentou, em declarações aos jornalistas na Póvoa de Varzim, alertando para a necessidade de o acordo partidário ser “rápido”, porque está em causa uma “luta muito difícil”, com “hipóteses limitadas”, pelo que importa não as tornar “impossíveis”.

“O que posso pedir é que os partidos estabilizem a opinião, cheguem ao acordo possível e depois remem todos na mesma direção, senão o que já é difícil torna-se impossível”, frisou o chefe de Estado, à margem de cerimónia de homenagem à Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar, com o título de membro honorário da Ordem de Mérito.

Para Marcelo Rebelo de Sousa, é “prejudicial” a polémica que se tem gerado em torno da candidatura de Portugal à EMA, com vários políticos e localidades a reivindicar a sede da agência europeia, depois de o Governo ter escolhido Lisboa.

“À partida todos tinham a mesma opinião. É preciso ficar claro quem tem agora uma opinião e quem tem outra. Ficar claro a que tem melhores hipóteses para ganhar e, depois, todos juntarem-se para que Portugal ganhe, porque isso é que é importante”, vincou.

Marcelo lembrou que, “há um mês, a Assembleia da República aprovou, por unanimidade, um voto de saudação e apoio a Lisboa como local escolhido na candidatura portuguesa”.

“É natural que os partidos mudem de opinião e tenham entretanto aparecido outras hipóteses no quadro da descentralização. Fala-se do Porto e de Braga. Mas é preciso que, rapidamente, os partidos definam uma posição”, avisou o PR.

 

Ordem dos Farmacêuticos também apela à união

A Ordem dos Farmacêuticos (OF) manifestou o seu apoio aos esforços do Estado português para que a EMA tenha a sua sede em Portugal e apelou à união das instituições nacionais para evitar divisionismo.

“A OF apela a todas as forças e instituições portuguesas no sentido de que se fale a uma só voz, dando ao projeto a coerência necessária ao seu êxito e evitando divisionismos que, sendo desnecessários, só prejudicam ou podem mesmo comprometer a nossa candidatura nacional”, refere, em comunicado.

A OF adianta que a candidatura preparada pelo Ministério da Saúde para que Portugal acolha a sede da EMA, em resultado do processo de saída do Reino Unido da UE, merece “o aplauso e apoio” da OF, e da parte dos farmacêuticos, “tudo será feito” para que tal desígnio nacional se concretize.

“Sabemos que a concorrência é de peso (…) mas todos os esforços são válidos para conseguirmos que este importante ativo comunitário se transfira para Portugal”, refere a OF, notando que com este projeto “alargam-se portas ao desenvolvimento económico e científico na área da Saúde e, em particular, do medicamento”.

No entender da OF, o projeto coloca ainda, de forma determinada, Portugal na rota da investigação clínica e biomédica.

“Tal passo reforçará o nosso sistema de saúde e, a médio e longo prazo, determinará melhorias na saúde dos portugueses”, conclui a Ordem.

Fonte: Jornal Médico

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