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Adalberto Campos Fernandes admite manter parcerias público-privadas na saúde

Em entrevista à TSF e ao Diário de Notícias, o ministro da Saúde reconhece que este é um assunto que divide o executivo e o Bloco de Esquerda, um dos partidos que apoia o governo no parlamento.

Adalberto Campos Fernandes diz que, se for a melhor opção, e caso sejam defendidos os interesses do Estado, o governo vai continuar a fazer parcerias público-privadas (PPP) na área da Saúde, mesmo que o Bloco de Esquerda não concorde com a decisão.

O ministro adianta que o governo está disponível para conversar com o BE, mas insiste que se a melhor decisão for manter uma PPP, em casos como os Hospitais de Braga ou de Cascais, que terminam os contratos de gestão em 2019, o governo vai avançar para uma parceria. “O que eu vou fazer é cumprir o programa do governo e tomar aquilo que em consciência entendo que possa vir a ser a melhor solução para os contribuintes”.

Uma PPP no Hospital de Cascais está em avaliação, mas o próximo contrato que o executivo de António Costa tem de analisar é o do Hospital de Braga. Ambos terminam os contratos de gestão em 2019, ano em que termina a atual legislatura.

Nesta entrevista à TSF e ao DN, o ministro da Saúde diz ainda que, à semelhança do que já existe para as cirurgias, também haverá tempos máximos de espera para os exames, com Adalberto Campos Fernandes a garantir que a partir do final de fevereiro haverá uma portaria que vai estabelecer prazos máximos para os meios complementares de diagnóstico. “Estamos em condições de até ao final de fevereiro de ter concluída a portaria que regulamenta os direitos de acesso”.

Até ao final do ano, o governo compromete-se a ter 30% dos Agrupamentos de Centros de Saúde dotados de meios complementares de diagnóstico, sendo que todos os agrupamentos devem ter estes meios até ao final da legislatura. “Até ao final deste anos 30% dos Agrupamentos de Centros de Saúde têm de ter esta resposta”.

Nesta entrevista, Adalberto Campos Fernandes foi ainda questionado sobre a escolha do antigo ministro da Saúde, Paulo Macedo, para liderar a nova administração da Caixa Geral de Depósitos. O ministro da Saúde defende que Paulo Macedo é um bom gestor e que fará um bom trabalho à frente do banco público

Adalberto Campos Fernandes defendeu ainda que é preciso lutar contra a fraude. “Onde há dinheiro público há uma grande propensão para comportamentos incorretos”, sublinhando que o ano que passou foi aquele com o maior número de ações de fiscalização, intervenção e reporte às autoridades judiciais. O ministro não pode falar de casos concretos, mas elogia a colaboração com a justiça.

O ministro da Saúde admite que há médicos a mais “no conjunto”, embora com problemas em algumas especialidades e na idade dos médicos, com muitos profissionais jovens e acima dos 55 anos. “Há uma escassez naquela idade intermédia. Acredito que daqui a três ou quatro anos a pletora médica estará completamente ajustada às necessidades”.

Quanto à medicina no ensino privado, Adalberto Campos Fernandes diz não ter qualquer preconceito “ideológico ou administrativo”, frisando que o importante é a qualidade. “Se uma universidade privada fizer prova junto das entidades que avaliam os cursos e tiver uma proposta de valor importante por que razão devemos dizer que não?”.

Fonte: Entrevista TSF DN

 

 

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