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Centros de saúde vão ter acesso imediato a exames feitos nos hospitais

Centros de saúde vão ter acesso imediato a exames feitos nos hospitaisEm 2016, hospitais vão partilhar informações sobre os doentes em tempo real para serem analisadas por médicos de família.

Os médicos dos centros de saúde vão começar a ter acesso imediato aos exames que os seus doentes fazem nos hospitais. Uma mudança que vai permitir aceder em tempo real a todas as informações sobre os doentes, evitar custos com a duplicação de exames, deslocações desnecessárias e dar resposta mais rápida aos doentes, mesmo que estejam noutras regiões do país. Desde a semana passada que os centros de saúde de Sintra e da Amadora já conseguem ver os exames que são realizados no hospital Amadora–Sintra. Mas no próximo ano, todos os hospitais podem começar a partilhar estas imagens.

Os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) vão lançar já neste mês um concurso internacional no valor de meio milhão de euros para tornar possível esta partilha de informação. O presidente do conselho de administração, Henrique Martins, explica que o concurso é para “um sistema de partilha de imagens mais sofisticado do que o atual e que funciona na Plataforma de Dados da Saúde. Estamos já a fazer partilha de imagens com o Hospital Fernando da Fonseca, mas queremos tornar a partilha mais efetiva com um sistema que aproxima todos os visualizadores de imagens, nem sempre compatíveis, de forma que o médico as visualize”.

Fonte: Diário de Notícias, 13 de setembro de 2015

3 Comments

  1. José Adelino Henriques de almeida

    Sou médico radiologista com 57 anos ; trabalhei num hospital Universitário durante 25 amos, de onde saí para trabalhar em exclusivo para uma clínica de Imagiologia que articula com o SNS através de um contrato de convenção , há 23 anos .
    A clínica foi criada por mim e pela minha mulher e, claro, por todos os funcionários (30) que lã ganham a sua substicencia , criam o bem estar de suas famílias e se realizam profissionalmente .
    Também os outros colegas médicos que lá prestam serviço, cinco no quadro e vinte em regime de prestação de serviço, contribuíram para o crescimento da empresa ; toda esta gente paga impostos de um modo claro e transparente.
    A minha mulher, também ela radiologista, teve de sair da função pública e deixar de fazer radiopediatria ( de que muito gostava ) porque a Dra Maria de Belém Roseiro, enquanto ministra da saúde, decretou a incompatibilidade entre a posse de clínicas convencionadas com o estado e o exercício de actividade no SNS. Como se houvesse alguma possibilidade de escolha, numa altura em que já havia dez funcionário e leasings de equipamentos para pagar
    Claro que temos aprendido a viver com incertezas .
    Cada equipamento que se compra ( e eles têm de ser renovados ) são centenas de milhares de euros de custo dos quais 23 % são impostos .
    O preço que o estado paga por exame têm descido, por decisão unilateral daquele.
    As facturas são recebidadas, muitas vezes, algum tempo depois de se ter pago o respectivo imposto ; ou seja : presta-se o serviço, suportam-se os custos inerentes ao mesmo, pagam-se os impostos inerentes ao serviço e, só depois se recebe .
    Um director geral de saúde disse-me a determinada altura: as convenções são o regime contratual que mais convém ao estado, já que é este que faz o preço e não fica obrigado a mandar doentes ao que aceita trabalhar naquelas condições .
    Os hospitais em regime de parceria público-privada foram a forma jurídico – administrativa encontrada para pôr os grandes grupos econômicos a actuar na área da saúde .
    Segundo me parece, querem muito mais do que a actividade económica desenvolvida no hospital ; querem todo o negócio gerado pela saúde numa determinada área de influência ( como se tratasse de uma coutada em que, naqueles domínios, só aquele grupo econômico pudesse caçar ).
    A juntar a isto, agora aparecem as empresas de informática a prometerem funcionalidades, que,margino dizem, agilizam, simplificam e economizam.
    Claro que para esta orgânica, o direito à livre escolha do paciente e o direito à protecção dos dados que a ele dizem respeito, nada contam.

    Mais, nada disto vai ficar mais barato . Os hospitais vão arranjar ardis de facturação ( como já presenciei ), vão empobrecer os trabalhadores com vencimentos mais baixos, vão arranjar forma de fugir aos impostos ; vão ser do BES e depois do grupo português de saúde e da caixa e, logo depois dos chineses, dos brasileiros que afinal são americanos ( como de essa gente nos pudesse ensinar alguma coisa em matéria de saúde) ou da Galililei . Uma coisa é certa : os gestores ganharão cada vez mais e, os accionistas, pelos vistos, também nunca perdem.
    Vigiava na clínica onde trabalho alguma patologia oncológica, o que fazia com gosto, munido de todos os meios necessários, designadamente de arquivo, e de forma personalizada, com agrado dos doentes ( mesmo quando as notícias não são boas).
    Alguém disse que esta patologia era para ser vigiada nos IPOs . Como estes não tem capacidade de resposta laçaram concurso e quem ganhou? Grandes hospitais privados .
    Ficaram assim os doentes encarreirados para aquele centro médico, o estado diz que paga menos ( o que eu não acredito ; basta sugerir que a vigilância não seja feita penas por TAC, como acontece em todo o mundo de boa prãtica médica, e se passe a sugerir umas PETS ou Ressonânvias , para que os custos disparem), eu fiquei sem doentes e , os médicos de família baralhados, sem saber se a presente queixa é algo de novo ( a estudar em smbulatório) ou evolução da patologia oncológica ( a mandar para o IPO que algumas vezes se recusa a dar seguimento ao estudo por entender que se tratará de uma patologia de novo) .
    Bem com isto tudo, os mais afortunados, lá vão pagando uns exames.

    Não acredito, com o que conheço do mundo informático, que a funcionalidade seja como a que se apregoa, ou que fique mais barato .
    A informática está constantemente em evolução, a cada cinco anos terão de ser mudados os computadores, os programas estão sempre a evoluir e os antigos deixam de funcionar ; mais, agora querem ser elas, as empresas de informática a guardar os dados médicos ( a PT estava bem lançada – construiu, ou queria contrair, o centro da Covilhã com dinheiros da comunidade e guardar a infirmação do estado a custo x ).

  2. José Adelino Henriques de almeida

    Sou médico radiologista com 57 anos ; trabalhei num hospital Universitário durante 25 amos, de onde saí para trabalhar em exclusivo para uma clínica de Imagiologia que articula com o SNS através de um contrato de convenção , há 23 anos .
    A clínica foi criada por mim e pela minha mulher e, claro, por todos os funcionários (30) que lã ganham a sua substicencia , criam o bem estar de suas famílias e se realizam profissionalmente .
    Também os outros colegas médicos que lá prestam serviço, cinco no quadro e vinte em regime de prestação de serviço, contribuíram para o crescimento da empresa ; toda esta gente paga impostos de um modo claro e transparente.
    A minha mulher, também ela radiologista, teve de sair da função pública e deixar de fazer radiopediatria ( de que muito gostava ) porque a Dra Maria de Belém Roseiro, enquanto ministra da saúde, decretou a incompatibilidade entre a posse de clínicas convencionadas com o estado e o exercício de actividade no SNS. Como se houvesse alguma possibilidade de escolha, numa altura em que já havia dez funcionário e leasings de equipamentos para pagar
    Claro que temos aprendido a viver com incertezas .
    Cada equipamento que se compra ( e eles têm de ser renovados ) são centenas de milhares de euros de custo dos quais 23 % são impostos .
    O preço que o estado paga por exame têm descido, por decisão unilateral daquele.
    As facturas são recebidadas, muitas vezes, algum tempo depois de se ter pago o respectivo imposto ; ou seja : presta-se o serviço, suportam-se os custos inerentes ao mesmo, pagam-se os impostos inerentes ao serviço e, só depois se recebe .
    Um director geral de saúde disse-me a determinada altura: as convenções são o regime contratual que mais convém ao estado, já que é este que faz o preço e não fica obrigado a mandar doentes ao que aceita trabalhar naquelas condições .
    Os hospitais em regime de parceria público-privada foram a forma jurídico – administrativa encontrada para pôr os grandes grupos econômicos a actuar na área da saúde .
    Segundo me parece, querem muito mais do que a actividade económica desenvolvida no hospital ; querem todo o negócio gerado pela saúde numa determinada área de influência ( como se tratasse de uma coutada em que, naqueles domínios, só aquele grupo econômico pudesse caçar ).
    A juntar a isto, agora aparecem as empresas de informática a prometerem funcionalidades, que,margino dizem, agilizam, simplificam e economizam.
    Claro que para esta orgânica, o direito à livre escolha do paciente e o direito à protecção dos dados que a ele dizem respeito, nada contam.

    Mais, nada disto vai ficar mais barato . Os hospitais vão arranjar ardis de facturação ( como já presenciei ), vão empobrecer os trabalhadores com vencimentos mais baixos, vão arranjar forma de fugir aos impostos ; vão ser do BES e depois do grupo português de saúde e da caixa e, logo depois dos chineses, dos brasileiros que afinal são americanos ( como de essa gente nos pudesse ensinar alguma coisa em matéria de saúde) ou da Galililei . Uma coisa é certa : os gestores ganharão cada vez mais e, os accionistas, pelos vistos, também nunca perdem.
    Vigiava na clínica onde trabalho alguma patologia oncológica, o que fazia com gosto, munido de todos os meios necessários, designadamente de arquivo, e de forma personalizada, com agrado dos doentes ( mesmo quando as notícias não são boas).
    Alguém disse que esta patologia era para ser vigiada nos IPOs . Como estes não tem capacidade de resposta laçaram concurso e quem ganhou? Grandes hospitais privados .
    Ficaram assim os doentes encarreirados para aquele centro médico, o estado diz que paga menos ( o que eu não acredito ; basta sugerir que a vigilância não seja feita penas por TAC, como acontece em todo o mundo de boa prãtica médica, e se passe a sugerir umas PETS ou Ressonânvias , para que os custos disparem), eu fiquei sem doentes e , os médicos de família baralhados, sem saber se a presente queixa é algo de novo ( a estudar em smbulatório) ou evolução da patologia oncológica ( a mandar para o IPO que algumas vezes se recusa a dar seguimento ao estudo por entender que se tratará de uma patologia de novo) .
    Bem com isto tudo, os mais afortunados, lá vão pagando uns exames.

    Não acredito, com o que conheço do mundo informático, que a funcionalidade seja como a que se apregoa, ou que fique mais barato .
    A informática está constantemente em evolução, a cada cinco anos terão de ser mudados os computadores, os programas estão sempre a evoluir e os antigos deixam de funcionar ; mais, agora querem ser elas, as empresas de informática a guardar os dados médicos ( a PT estava bem lançada – construiu, ou queria contrair, o centro da Covilhã com dinheiros da comunidade e guardar a infirmação do estado a custo x ).
    A Nuance, por exemplo ( multinacional espanhola que comprou

  3. José Adelino Henriques de almeida

    Continuando o comentário que iniciei hoje pela manhã.

    Na clínica onde trabalho temos um sistema de transcrição de voz ( speech magic da philips ) que entretanto foi vendido à multinacional americana Nuance, cuja cede para a península hiberica se situa em Barcelona.
    Como começamos a ter alguns problemas na trancrição quisemos fazer um um-grad no programa ; só que agora o modelo de negócio já não é o mesmo. Até aqui comprava-se o programa é usava-se ; agora contratualisa-se uma tarefa, que vai ser executada por um computador cediado em Espanha, e paga-se por relatório que ali fica arquivado, para consultas futuras . Cada uma destas consultas ao Rquivo custaria 1 euro por relatório, mais do que a margem de alguns exames.
    Isto para dizer que na informatização de serviços, tarefas, funcionalidades, há que ter muito cuidado
    A empresa proprietária, o gestor, a estratégia, dentro de cinco anos não serão os mesmos.
    O que o mundo da informática quer, sobretudo, para fazer negócio, são os arquivos,; primeiro oferecem gratuitamente, dentro de dez anos criaram um negócio fabuloso.
    Interligar unidades de saúde para comunicar determinados volumes de informação ( exemplo imagens) é muito complicado e dispendioso .
    A linha de rede vocacionada, a encriptação dos dados ( para garantir que um ácaro não tenha acesso à informação do doente) os Pcs, o monitores, que no caso das imagens têm de ter determinados níveis de perfomance, a msnutenção, a gestão de rede ( que exige alguém diferenciado sempre presente) torna tudo muito mais caro.
    Há pouco tempo alguém me disse que o engenheiro de prevenção à rede, por noite, ganhava mais que o cirugião de serviço ao banco ( não sei).
    O que já aprendi foi que o nível de informatização de uma estrutura tem de ser decidido pondo de lado os deslumbramentos vendidos pelo mundo informático .
    Poderia fazer vários desafios para ajudar à compreensão do problema, mas fico-me por um :
    um médico no seu gabinete de trabalho, com o paciente à frente, quantos minutos terá de esperar para obter o resultado de determinado exame imagiologico ( falo da imagem e não apenas de texto, que esse é mais rápido )?
    Termino dizendo que depois de 23 anos a criar uma clínica, proficiente, lugares de trabalho, funcionários realizados auferindo o suficiente para o bem estar das respectivas famílias ; depois de pagar centenas de milhares de euros em impostos com a compra de equipamentos ( IVA 23%) ; depois de ver o preço pago por exame ser baixado unilateralmente , vindo para valores próximos do prejuízo ( na radiologia clássica já se perde dinheiro); depois de perceber que não tenho a arma da má-prática sub-reptícia ou , da influência de decisores ; depois disto tudo…..lamento ter-me metido nesta aventura e de não ter procurado outras paragens !

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