A presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, Marta Temido, admite que os internos estão a ser usados para evitar a contratação de mais médicos.
Ouvida pela Antena 1 na sequência da notícia de que a Ordem dos Médicos e o Conselho Nacional do Médico Interno se preparam para proibir que os médicos internos trabalhem mais de 12 horas seguidas, Marta Temido reconhece que “há hospitais em que a dependência da mão de obras formada pelos internos é bastante significativa”. Esta situação acontece por haver “dificuldades de contratação de recursos humanos”. A dirigente admite que a “permissividade tem dado azo a que os médicos internos sejam usados como efetiva força de trabalho”. Esta situação “pode dar origem alguns constrangimentos e dificuldades que têm que ser corrigidas”, o que terá que passar por uma “reorganização do trabalho”. De acordo com o Diário de Notícias, a Ordem dos Médicos e o Conselho Nacional do Médico Interno estão a agir neste sentido depois de muitos médicos internos terem enviado queixas sobre o excesso de horas de trabalho.
Fonte: RTP Notícias, 26 de agosto de 2015