Os médicos internos vão deixar de fazer mais de 12 horas nas urgências. A Ordem dos Médicos diz que há profissionais a fazer 24 horas seguidas, situação que põe em causa a segurança, tanto de médicos, como dos doentes.
Depois de muitas denúncias, a Ordem decidiu aprovar já em Setembro, uma deliberação que visa acabar com esta situação como avançou à Renascença o bastonário José Manuel Silva.
“A Ordem entendeu dizer basta! Os médicos não são robôs, são seres humanos e têm uma capacidade de trabalho que não é infinita. Não é possível continuar a tolerar esta situação que está em agravamento, porque os hospitais em vez de contratarem mais médicos para as urgências, preferem sobrecarregar os internos que são mão-de-obra mais barata”, explica.
A deliberação só deve ter efeitos práticos só em Novembro, mas será para cumprir.
O bastonário disse que “não está em causa uma limitação do número de horas por semana, mas uma limitação do número de horas de trabalho contínuo. Portanto, não obriga a que sejam contratados mais médicos, apenas a um pouco mais de trabalho administrativo.”
Há pouco tempo, a delegação sul da Ordem dos Médicos também alertava para o facto destes profissionais estarem esgotados, chamando a atenção para o excesso de horas de trabalho e possível diminuição da qualidade dos cuidados aos doentes.
Fonte: Rádio Renascença, 26 de agosto de 2015