São hoje apresentados, em Lisboa, 26 projetos para conhecer e melhorar a saúde dos portugueses. Financiamento vale 12 milhões de euros e vem da Islândia, Liechtenstein e, sobretudo, Noruega.
O Ministério da Saúde apresenta, esta segunda-feira, em Lisboa, os 26 projetos na área da saúde pública financiados pela Islândia, Liechtenstein e Noruega. Os investimentos foram aprovados em maio, depois de alguns anos de processos de candidatura e envolvem áreas prioritárias para o governo como a nutrição, a saúde mental, as doenças transmissíveis e os sistemas de informação em saúde.
A apresentação é promovida pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) que gere o programa em Portugal e que tem-se organizado com os responsáveis dos EEA Grants, o projeto de bolsas financiadas por aqueles países europeus, ricos, que não fazem parte da União Europeia mas beneficiam do Espaço Económico Europeu. O objetivo declarado é promover a igualdade de oportunidades e boas condições de vida em 16 países, mais pobres, da Europa do Sul e Central.
Para Portugal foram aprovados 26 projetos. Alguns estavam previstos há anos mas têm-se atrasado. O financiamento vem maioritariamente da Noruega, um país com excedente orçamental no Estado.
A lista de projetos em andamento inclui estudos e campanhas na área da nutrição, mas também de diagnóstico da saúde mental dos portugueses e desses cuidados de saúde. Aquele que recebe um financiamento mais elevado, 1,3 milhões de euros, pretende fazer o primeiro inquérito da população nacional para avaliar, com exames físicos concretos e não apenas questionários, a saúde dos portugueses.
Marco Torrado, responsável pelo Núcleo EEA Grants na ACSS, admite que este dinheiro estrangeiro é bem vindo: “o ministério tem os seus fundos investidos nestas áreas da saúde, mas este fundos estrangeiros são muito importantes até porque atravessam setores académicos, sociais e hospitais”. Sem este dinheiro vindo, essencialmente, da Noruega, “se calhar não teríamos oportunidade, nestes anos, de desenvolver projetos inovadores como estes que nos permitirão testar, por exemplo, aquilo que é eficaz em certas áreas”.
Fonte: TSF, 29 de junho de 2015