O bastonário da Ordem dos Médicos considera positivo que o Governo tome medidas para incentivar a fixação de médicos em zonas carenciadas destes profissionais, mas deixa ressalvas.
Ouvido pelo jornalista da Antena 1 Nuno Rodrigues, José Manuel Silva afirma que os incentivos são positivos e podem contribuir para a deslocação de médicos para o interior, mas “não vai ser isso que vai fazer a grande diferença”.
O bastonário aponta outros fatores que devem ser tidos em conta e que devem ser corrigidos, nomeadamente a forma como os concursos são feitos, as pressões burocráticas sobre o trabalho médico, as dificuldades de exercer medicina de acordo com os padrões que os médicos exigem.
José Manuel Silva sublinha ainda que não se trata apenas de uma questão de interioridade, visto que as zonas mais carenciadas são Lisboa e Vale do Tejo, Algarve e algumas áreas do Alentejo.
Esta reação surge depois de o secretário de Estado da Saúde, Manuel Teixeira, ter revelado à Antena 1 que os incentivos a médicos para trabalhar em zonas carenciadas de clínicos vão avançar com a publicação no início da próxima semana do decreto-lei.
Fonte: RTP Notícias, 3 de junho de 2015