Alerta da Gulbenkian. “Podemos estimar que o número de óbitos por infeção hospitalar em 2013 foi de cerca de 4.500”. O número não tem parado de subir desde 2010.
Programa da Gulbenkian vai tentar reduzir as infeções hospitalares para metade em 12 hospitais que custam ao País “milhares de mortos e perto de 300 milhões de euros de despesa, por ano, para o Serviço Nacional de Saúde”, segundo notícia da TSF.
Há, segundo o diretor do Programa Inovar em Saúde da Gulbenkian, uma “subida constante das mortes – perto de 3.000 em 2010, 3.400 em 2011 e 4.000 em 2012 – atribuídas às infeções associadas à introdução de dispositivos invasivos nos doentes“.
E em 2013 voltou a subir. “Podemos estimar que o número de óbitos por infeção hospitalar em 2013 foi de cerca de 4.500″, afirma Jorge Soares.
Em declarações à TSF, o coordenador do Programa Nacional de Prevenção e Controlo de Infecção e de Resistência Antimicrobiana, José Artur Paiva, admite que “Portugal está entre os países europeus com mais infeções hospitalares” – perto do dobro da média europeia.
Jorge Soares da Gulbenkian afirma que está em causa uma “questão cultural”. E explica:”as pessoas não seguem com muita facilidade normas simples, básicas, como, por exemplo, lavar as mãos.”
Regras básicas que médicos, enfermeiros, auxiliares de saúde e até as famílias e amigos que visitam os doentes não cumprem.
Fonte: Diário de Notícias, 31 de março de 2015