Modelo de financiamento aplicado é o mais correcto, mas os valores podem estar subavaliados, defende um estudo da Escola Nacional de Saúde Pública.
O valor pago pelo tratamento de cada doente de VIH/sida pode ser insuficiente, conclui um estudo da Escola Nacional de Saúde Pública.
Os mais de 700 euros pagos por cada doente seropositivo é um custo considerado baixo, tendo em conta os vários tratamentos a que cada paciente é sujeito.
Na avaliação de Ana Escoval, responsável pelo estudo, o modelo de financiamento aplicado é o mais correcto, mas os valores podem estar subavaliados.
“Este modelo, ao privilegiar o acompanhamento e monitorização dos doentes, assim como a adesão a terapêuticas e boas práticas, é o caminho certo, mas não há consenso no que diz respeito aos valores e à forma como feito o pagamento”, nota a especialista.
Só depois da aplicação de um rigoroso sistema de informação entre hospitais e autoridades de saúde pública, é que se poderá encontrar o valor mais correcto para o financiamento do tratamento da doença.
O principal objectivo deste estudo foi compreender se o modelo de financiamento do VIH/sida se adequa às boas práticas definidas para esta área de tratamento.
Para tal, foram convidados 295 peritos de diferentes áreas profissionais, sendo que o painel é composto maioritariamente por administradores hospitalares (33%) e médicos (31%).
Fonte: Rádio Renascença, 28 de outubro de 2014