O total da despesa com a saúde em Portugal chegou aos 10,1% do PIB em 2088, de acordo com os últimos dados disponíveis revelados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). Um valor acima da média registada nos demais países da OCDE, que foi de 9,5% em 2009: mais 0,7 pontos percentuais que em 2008.
Mas apesar de as despesas com a saúde em Portugal chegaram a 10,1% do PIB, o país gasta apenas 1.700 euros per capita, enquanto a média da OCDE é de 2.200 euros. Outro dado relevante, de acordo com a OCDE: a despesa suportada pelos cidadãos não pára de crescer, representando já 27,2%.
Os países que mais gastam em cuidados de saúde continuam a ser os Estados Unidos da América (EUA) (17,4% do PIB em 2009), seguidos da Noruegae da Suíça.
A OCDE destaca- pela negativa – países como a Irlanda, onde a recessão económica resultou numa subida da percentagem do PIB afecta a saúde de 7,5% (em 2007) para 9,8% (em 2009). Porém, sublinha que, em 2011, as despesas tenderão a estabilizar ou a cair ligeiramente em muitos países, em resultado dos cortes no sector e do crescimento económico.
Portugal continua a ter menos enfermeiros do que a média dos países da OCDE, apesar da evolução das duas últimas décadas: o número duplicou de 2,8 para 5,9 por mil habitantes (a média da OCDE é de 8,4 por mil).
Quanto a médicos, temos 3,8 por mil habitantes, aparentemente mais do que a mádia dos países da OCDE (3,1). Porém, este número está inflaccionada, uma vez que inclui os profissionais aposentados.
Na esperança de vida à nascença andamos pela média da OCDE (79,5 anos), enquanto na mortalidade infantil – já era conhecido – somos dos melhores (3,6 óbitos por mil nados-vivos, em 2009). Nas taxas de obesidade, há razões para preocupação: em Portugal a percentagem de adultos obesos era de 15,4% em 2006, bem mais que as registadas na França e na Itália (11 e 10%, respectivamente).
Fonte: Jornal Médico de Família, edição Junho/Julho