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PS considera Paulo Macedo “inadaptado” para Saúde

O PS considera Paulo Macedo “inadaptado” às funções de ministro da Saúde, críticas que levaram a maioria a invocar a herança das “dívidas” deixada pelo executivo socialista.

José Junqueiro, vice-presidente da bancada socialista, declarou em plenário esta quinta-feira que lidar com números é diferente de lidar com pessoas, numa intervenção que acontece um dia depois da greve dos médicos. José Junqueiro acusou o atual Governo de estar a destruir o Serviço Nacional de Saúde (SNS).

“Não se estranha, pois, que, perante este desnorte, os profissionais de saúde tenham feito uma greve, não para reivindicar salários ou progressão nas carreiras, mas para dar voz a quem não a tem”, sustentou o dirigente da bancada socialista.

O ex-secretário de Estado socialista criticou o executivo PSD/CDS por “promover a transferência do SNS para privados” e por alegadamente estar em silêncio sobre casos mortais ocorridos na sequência de eventuais falhas no INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica).

“O curioso é que ninguém é responsabilizado. O ministro, para sossegar o desconforto político, manda levantar inquéritos ou fazer inspeções, mas, até hoje, não foi dado à estampa um único resultado, mesmo depois de solicitados pelo PS na Assembleia da República”, apontou José Junqueiro.

A deputada social-democrata Carla Rodrigues respondeu acusando o PS de se encontrar “em estado de negação” em relação ao seu passado recente, vincando que o atual Governo herdou dívidas na ordem dos três mil milhões de euros no setor da saúde.

“O PS esqueceu-se hoje aqui de dizer que a greve dos médicos só existiu porque um sindicato afeto à CGTP-IN rompeu um acordo celebrado com o Ministério da Saúde”, referiu Carla Rodrigues.

Paulo Almeida, que também abordou a questão das dívidas herdades, comparou o PS a um “avião malaio”, o que gerou protestos devido a aludir ao recente desastre aéreo ocorrido na Ásia.

João Semedo, coordenador do BE, negou a tese de que este Governo tenha conseguido recuperar dívidas no setor da saúde, dizendo que, a curto ou médio prazo, “quando se abrirem as gavetas fechadas das administrações hospitalares, novas dívidas acumuladas serão descobertas”, concluindo que a “política” e “propaganda” do Governo em relação à saúde fracassou.

Fonte: Diário de Notícias, 10 de Julho de 2014, por Lusa

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