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Centro Hospitalar do Algarve assume gestão de urgências básicas a 1 de agosto

«A partir do dia 1 de agosto, os Serviços de Urgência Básica (SUB) de Loulé, Albufeira e Vila Real de Santo António serão da responsabilidade do CHA», afirmou Pedro Nunes, presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Algarve (CHA), num encontro com jornalistas, no hospital de Faro.

Pedro Nunes sublinhou que a intenção de transferir a gestão dos SUB da Administração Regional de Saúde (ARS) para o CHA – que desde a sua criação já agrupava os hospitais de Faro, Portimão e Lagos – tinha «vários anos», mas só agora o Centro Hospitalar vai receber a verba que lhe permite iniciar a gestão dos outros três SUB que existem no Algarve.

Pedro Nunes alertou, no entanto, que pode haver turnos em que alguns dos serviços não disponham de clínicos, porque neste momento há urgências básicas asseguradas por profissionais de outras unidades que se voluntariam, assim como por Médicos de Família que não estão obrigados legalmente a fazer urgências e «só fazem se quiserem».

O presidente do Conselho de Administração do CHA disse que vai «recorrer a empresas de prestação de serviços» para tentar encontrar clínicos para colmatar as escalas sem médicos, mas advertiu também que «muitas entram em rutura» e não conseguem depois dar resposta e disponibilizar os médicos pedidos, o que deixa a resolução do problema ainda mais dependente da boa vontade dos profissionais que se voluntariam.

O antigo bastonário da Ordem dos Médicos sublinhou, ainda, que o Algarve tem falta de médicos nos quadros e tem funcionado durante muitos anos «com reforços de Verão ou contratações milionárias ao fim de semana», opção que Pedro Nunes considerou ser «errada» e que, assegurou, «o Centro Hospitalar tem estado a tentar combater, abrindo concursos» para vagas que espera poder vir a preencher no futuro.

Durante a conferência de imprensa, Pedro Nunes anunciou ainda a possibilidade da maternidade de Portimão poder ter de encerrar por falta de pessoal.

O presidente do Conselho de Administração do CHA reconhece que não há pessoal suficiente para garantir um serviço de qualidade.

Fonte: TSF, 10 de Julho de 2014

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