Nas últimas duas semanas, a unidade de saúde foi forçada a racionar as embalagens de um medicamento usado no tratamento de esclerose múltipla. A situação foi tornada pública pela Associação Todos Contra a Esclerose Múltipla e já foi normalizada.
Não houve ruptura de stock e a decisões tomadas foram apenas preventivas, esclarece o Hospital de Santa Maria àRenascença, reagindo à notícia que dá conta da necessidade de recorrer ao racionamento de um medicamento para a esclerose múltipla.
“O que aconteceu neste caso – e é a terceira vez que acontece dentro da política do medicamente que temos – é que atingimos o stock mínimo e, preventivamente, passámos a dispensar aos doentes mais próximos de Santa Maria para prazos inferiores àquilo que normalmente fazemos, deixando os prazos de 30 dias para os doentes dos distritos mais afastados e que teriam mais dificuldade e maior custo de se deslocar a Lisboa”, explica o presidente do conselho de administração do hospital de Lisboa.
Carlos Martins sublinha que “em momento algum, houve o risco de ruptura de stock ou descontinuidade do tratamento. Houve, sim, uma diminuição da quantidade e do factor tempo, para garantir a reposição de stock cumprindo os procedimentos legais que estão em vigor”.
O responsável acrescenta que a reposição da quantidade de medicamentos disponíveis não resultou da pressão efectuada pela Associação Todos Contra a Esclerose Múltipla, que denunciou o caso e cujo presidente questionou, esta manhã, na Renascença, a rapidez com que o hospital respondeu à sua queixa.
De acordo com a associação, o Hospital de Santa Maria procedeu ao racionamento do medicamento em causa durante duas, tendo resolvido a situação menos de 24 horas depois da denúncia pública.
Fonte: Rádio Renascença, 23 de Abril de 2014