Paulo Macedo assinalou que há, «em certos medicamentos, margens de lucro de 2000 a 3000 por cento», «margens que não são compatíveis com a situação económica-financeira que temos».
O ministro da Saúde garantiu, esta segunda-feira, que a redução da despesa não será feita à custa dos doentes, tendo reafirmado a intenção de manter congeladas as taxas moderadoras.
Nas jornadas parlamentares do PSD e CDS/PP, Paulo Macedo explicou que iria apontar baterias à indústria farmacêutica que, em certos medicamentos, chega a ter margens de lucro «excessivas» de «2000 a 3000 por cento ou mais».
«Há margens que não são compatíveis com a situação económica-financeira que temos», acrescentou o titular da pasta da Saúde.
Paulo Macedo aproveitou ainda para lembrar que as taxas moderadoras apenas representam «menos de dois por cento» do orçamento do ministério e que, por isso, nunca estas poderiam financiar a Saúde.
O ministro da Saúde aproveitou ainda para denunciar os muitos conflitos de interesses neste setor, conflitos que têm de acabar e que terão de ser regulados em breve com legislação apropriada.
«Tem de ser muito claro quem escolhe determinadas tecnologias de saúde e de quem são os interesses de quem escolhe dentro das tecnologias de saúde. Há aqui um caminho a percorrer», concluiu.
Fonte: TSF, 28 de Outubro de 2013