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Governo tira autonomia aos hospitais para decidir remédios

Ministério da Saúde vai passar a decidir,  através de uma comissão de peritos, o leque de medicamentos à disposição dos  hospitais. Ministro Paulo Macedo quer ter lista de remédios, comum a todos os hospitais, decidida até ao final do ano.

O “Diário Económico”  escreve hoje que “até ao final do ano, os hospitais do Serviço Nacional de Saúde  (SNS) vão perder a autonomia de decisão sobre os medicamentos que podem utilizar  para tratar os seus doentes. A decisão passa assim para as mãos do Governo,  através de uma comissão de peritos encarregue de analisar e escolher o leque de  remédios à disposição nos hospitais”.

Segundo o jornal, “a Comissão Nacional de Farmácia e Terapêutica (CNFT),  criada em fevereiro passado, e que conta com 24 especialistas, já está a  trabalhar e já emitiu a lista de remédios à disposição dos hospitais para tratar  a Sida, a esclerose múltipla e o cancro da próstata. A criação de um formulário  único nacional de medicamentos, que inclui orientações para o tratamento de  todas as patologias, deverá estar concluído até ao final do ano. A criação deste  novo formulário nacional sobrepor-se-á a qualquer decisão individual ou coletiva  dos hospitais. Uma fonte ligada ao processo afirma que não está em causa um  “racionamento” de medicamentos, mas sim a “equidade de tratamento”: o doente  terá acesso aos mesmos remédios, independentemente do hospital onde seja  tratado. O objetivo, garante, é a “uniformização do acesso” e pelo caminho  “evitar também algum desperdício”.

Fonte: Diário de Notícias, 5 de Agosto de 2013

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