Protestam contra o aumento do horário de trabalho para as 40 horas semanais sem remuneração e os cortes no sector da saúde, que permitem que existam enfermeiros a ganhar 3,4 euros/hora.
Os enfermeiros iniciam na terça-feira uma greve de dois dias, em protesto contra a degradação das condições de trabalho, que vai afectar consultas e cirurgias.
A dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), Guadalupe Simões, explicou à agência Lusa que a greve marcada para terça e quarta-feira vai afectar vários serviços em hospitais e centros de saúde.
“Esperamos uma adesão à greve massiva, o que irá causar vários transtornos nos serviços nomeadamente nas consultas externas, cirurgias e nos centros de saúde”, adiantou, salientando que o “descontentamento e a revolta dos enfermeiros são generalizados devido à degradação das condições de trabalho”.
Guadalupe Simões disse que o sindicato decidiu avançar com dois dias de greve, que inclui uma concentração na quarta-feira junto ao Ministério da Saúde, porque o ministro Paulo Macedo se comprometeu a agendar uma reunião com os enfermeiros para discutir matérias urgentes e não cumpriu.
“O ministro comprometeu-se a agendar uma reunião entre o dia 17 e 25 de Junho para abordar matérias que estão inseridas dentro de um caderno reivindicativo. Como a reunião não se concretizou não nos deixaram outra hipótese senão levar a cabo a greve terça e quarta-feira”, sublinhou.
Guadalupe Simões explicou que os profissionais protestam contra o aumento do horário de trabalho para as 40 horas semanais sem remuneração e os cortes no sector da saúde, que permitem que existam enfermeiros a ganhar 3,4 euros/hora, e a situação dos profissionais a Contrato Individual de Trabalho.
Fonte: Rádio Renascença, 8 de Julho de 2013