As farmácias dizem que o “silêncio” e a “indefinição” do Governo estão a por em causa a qualidade da assistência farmacêutica em Portugal e desafiaram, na passada sexta-feira, a tutela para um novo contrato social entre o Estado e as farmácias, avança a TSF.
“As farmácias podem fazer muito mais no domínio da utilização racional dos medicamentos e da adesão à terapêutica. A rede de farmácias pode contribuir para melhorar a situação actual nas áreas dos medicamentos hospitalares, da vacinação, dos doentes polimedicados, dos antidiabéticos orais, entre muitas outras”, disse Paulo Duarte, novo presidente da Associação Nacional das Farmácias (ANF), na cerimónia de tomada de posse da nova direcção, onde esteve o ministro da Saúde, Paulo Macedo.
O sucessor de João Cordeiro disse que “não é sustentável que o Governo mantenha o silêncio sobre o que pretende das farmácias” e insistiu que “as farmácias querem mais direitos e mais obrigações”. Mas, também serem “justamente compensadas” de acordo com o valor que a sua intervenção represente para o Estado e para a saúde dos portugueses.
No final da intervenção, o ministro da Saúde recusou que haja silêncio e disse estar disponível para trabalhar em conjunto em medidas que assegurem a sustentabilidade da rede de farmácias, entre elas a remuneração em função do aumento do volume de vendas de medicamentos genéricos.
Fonte: RCM Pharma, 20 de Maio de 2013