Plano estratégico do Governo para os próximos três anos prevê ainda baixar o número de cesarianas e a média de dias de internamento.
O Ministério da Saúde está a estudar a redução – ou até mesmo eliminação – do pagamento das taxas moderadoras nas urgências hospitalares aos utentes que tenham ligado primeiro para a Linha Saúde 24.
A informação está na capa do “Diário de Notícias” desta sexta-feira, segundo o qual o documento já foi enviado aos hospitais pela administração central do sistema de saúde.
A ideia do Ministério da Saúde é retirar doentes às urgências e inclui outras regras, como reforçar o número de médicos nos horários mais concorridos e nos dias de maior afluxo – por exemplo, à segunda-feira.
Outra medida prevista no âmbito da actividade hospitalar é reduzir o número de cesarianas e passar da actual taxa de 30% para, no máximo, 25% em 2016.
Outras metas definidas no plano estratégico do Governo para os próximos três anos é baixar a média dos dias de internamento. Prevê-se ainda que, nos próximos anos, sejam feitas mais 100 mil novas operações e no tempo adequado.
Isenção devida também a quem vai primeiro ao médico
O antigo secretário de Estado da Saúde socialista Manuel Pizarro considera que o Governo deve estender a medida de isentar quem vai às urgências através da Linha Saúde 24 a quem se dirige, em primeiro lugar, ao médico de família.
“Seria inacreditável que o Governo isentasse de taxas moderadoras quem liga para a linha de atendimento nacional e não isentasse quem vai antes ao médico de família e é enviado pelo médico de família ao hospital”, defende, em declarações à Renascença.
“Julgo que, apesar de tudo, o aumento do contacto das pessoas será suportável pela Linha. Espero que isso esteja devidamente acautelado, até porque a última informação que houve sobre a contratação da Linha era que o Tribunal de Contas tinha chumbado o contrato que o Ministério da Saúde tinha realizado com uma empresa para assegurar a gestão da Linha”, acrescenta.
Contactado pela Renascença, o Ministério de Paulo Macedo não comenta a informação do “Diário de Notícias”.
Fonte: Renascença, 27 de Abril de 2013