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Alargamento de horários respeita acordo na Saúde

Ministro reafirma ainda que o Serviço Nacional de Saúde é “indispensável” e para manter. Sobre cortes ainda não há certezas, mas o utente tem sido poupado.

O ministro da Saúde garante que os possíveis alargamentos de horários nos Centros de Saúde e nas consultas dos hospitais respeitam o acordo fechado com os profissionais do sector.

Paulo Macedo esclarece que o objectivo é permitir maior flexibilidade de horários para os utentes, o que, na prática, não é mais do que alargar a experiência que já acontece em alguns Centros de Saúde. “Neste momento há vários Centros de Saúde com atendimento até às 20 horas e outros com atendimentos até às 22 horas e aos sábados e, portanto, nesse sentido o que se disse é que relativamente aos centros de saúde, designadamente na abertura das unidades de saúde familiares, terá que se ter em conta as necessidades das populações. Poderá haver novas unidades com horários que nós consideramos alargados”, disse.

Noutro âmbito, o ministro considerou que nos últimos tempos os cortes na saúde têm sido feitos à margem do utilizador.

Durante uma palestra sobre políticas de saúde, em Lisboa, Paulo Macedo não revelou onde vão ser feitos os próximos cortes na saúde, mas lembrou que o utente tem sido poupado.

“A esmagadora maioria da redução de despesa que se fez foi fora dos utilizadores. Aquilo que existiu da parte de quem decorre ao Serviço Nacional de Saúde foi um aumento de taxas moderadoras que foi mais que largamente compensado por aquilo que a população passou a pagar a menos de medicamentos. Em termos de encargos sobre os utentes há um saldo positivo. Já não se passa assim na área do medicamento relativamente à indústria farmacêutica onde houve uma redução das suas margens, não se passa assim nos laboratórios de análises clínicas onde houve redução das suas margens, não se passa assim em relação a profissionais de saúde que antes tinham horas extraordinárias em certos momentos a 400% e hoje no máximo têm 200%”, acrescenta.

O ministro garantiu também que o Serviço Nacional de Saúde é “indispensável” e para manter. “Não haver um SNS a situação seria verdadeiramente catastrófica. Não há essa hipótese em cima da mesa”. No entanto, Paulo Macedo garante que há coisas que têm de terminar e a margens de lucro exageradas nos medicamentos são uma delas.

Fonte: Rádio Renascença, 23 de Abril de 2013

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