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Administrador hospitalar defende salários mais altos para fixar médicos no interior

António Marçôa não quer chamar-lhe “subsídio de interioridade”, mas seria um incentivo para atrair e fixar médicos nas especialidades onde se verificam maiores dificuldades. Decorre nesta altura um concurso para preencher 13 vagas em Bragança.

O presidente do conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Nordeste defende uma diferenciação nos salários dos médicos, para especialidades no interior do país. O objectivo é combater as carências clínicas em hospitais do distrito de Bragança.

“Caso os profissionais tenham as mesmas condições de trabalho, preferem o litoral em detrimento ao interior do país”, sustenta António Marçôa, sublinhando que “é preciso ter em atenção as assimetrias que existem entre o litoral e o interior”.

Apesar de continuarem a existir dificuldades na fixação dos profissionais da área da saúde, o administrador hospitalar acredita que a “situação tende a mudar devido à conjuntura”.

“Aliás, os próprios médicos já começam a ter uma visão diferente quer do interior, quer do mercado de trabalho”, acrescenta.

A Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste, responsável pelos hospitais de Bragança, Macedo de Cavaleiros e Mirandela, abriu, nos últimos meses, dois concursos com vagas para várias especialidades.

No primeiro, foram preenchidas seis das 39 vagas. O segundo está ainda a decorrer, com 13 vagas.

Fonte: Rádio Renascença, 10 de Março de 2013

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