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Cortes na saúde representam o dobro do compromisso assumido com a “troika”

À excepção da Alemanha, todos os países da OCDE registam um abrandamento do crescimento da despesa com a saúde.

Os cortes na despesa com a saúde em Portugal representam o dobro do compromisso que foi assumido com a “troika”. A conclusão é da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), num relatório agora divulgado que analisa a evolução da despesa nos vários países.

Nos países mais atingidos pela crise, alguns sob resgaste financeiro, registou-se uma forte diminuição da despesa em comparação com os anos anteriores.

Os dados preliminares de 2011 mostram uma descida brutal em Portugal: a taxa de crescimento da despesa é negativa, de menos 5,2% quando em 2010 era de 0,6, ou seja, ainda havia crescimento.

A OCDE lembra medidas que foram tomadas, como a redução dos benefícios fiscais, a redução do número de gestores, e a concentração e a racionalização, em hospitais e centros de saúde.

E conclui que, em Setembro de 2011, quando foi anunciado um corte de 11% no orçamento do Serviço Nacional de Saúde para o ano seguinte, a percentagem representa o dobro do esforço que tinha ficado acordado no memorando assinado com a “troika”.

Em relação às verbas atribuídas à prevenção e à saúde pública, Portugal aparece como o único país (do grupo dos que mais reduziram na despesa), a apresentar algum crescimento nesta rúbrica, quando na maioria dos casos os cortes foram muito mais significativos.

À excepção da Alemanha, todos os países da organização registam um abrandamento do crescimento da despesa com a saúde.

Fonte: Rádio Renascença, 1 de Fevereiro de 2013

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