Os administradores hospitalares admitem dificuldades na gestão das listas de espera de cirurgias, com o fluxo de doentes a aumentar enquanto os hospitais têm de reduzir custos.
“[A questão das] listas de espera não tem corrido tão bem nos últimos tempos. O fluxo dos doentes que estão a entrar a nível da cirurgia convencional é muito grande e os hospitais não têm tido um crescimento que permita debelar este problema das listas de espera”, afirmou o presidente da Associação dos Administradores Hospitalares.
Pedro Lopes, que falava aos jornalistas à margem de uma conferência sobre financiamento em saúde, em Lisboa, disse haver uma “muito maior” pressão sobre os hospitais na gestão das cirurgias.
“É uma equação difícil”, assumiu, referindo-se à gestão entre o aumento de doentes nas listas de espera, a necessidade de fazer mais cirurgias e a redução de custos imposta aos hospitais.
Pedro Lopes deu ainda o exemplo de “situações muito complicadas em alguns hospitais”, nomeadamente por carência de anestesistas, recordando que a cirurgia convencional está “dependente de muitas situações”, como o número de profissionais.
“Não é fácil para os hospitais, que têm uma pressão muito maior. Têm de fazer uma ginástica muito forte”, comentou.
Fonte: Correio da Manhã, 12 de Dezembro de 2012