O Ministério da Saúde considera demasiado elevadas as receitas médicas manuais passadas nos serviços públicos por clínicos que alegam inadaptação para os sistemas de informação e vai denunciar algumas situações à Ordem dos Médicos, segundo um relatório.
De acordo com a monitorização da prescrição de medicamentos de ambulatório e meios complementares de diagnóstico e terapêutica, referente ao período entre Fevereiro de 2011 e Junho de 2012, neste último mês registaram-se 3.252 receitas em que o médico invocou inadaptação comprovada nos cuidados de saúde primários (0,09 por cento do total de receitas emitidas neste sector).
O número de receitas nos hospitais do SNS foi de 1 837 (0,23 por cento) e de 42.424 receitas na medicina privada (3,77 por cento).
“Apesar de significarem uma redução face a dados equivalentes em março de 2012 (cuidados de saúde primários — 4 307, hospitais — 2 007, medicina privada 56 467) são valores ainda muito elevados, sobretudo quando se sabe, desde logo, que todos os hospitais do SNS funcionam com recurso a sistemas informáticos na área clínica (visualização de imagiologia, visualização de resultados de analises laboratoriais, etc)”, lê-se no documento.
Fonte: Correio da Manhã, 5 de Setembro de 2012