Até junho já foram pagos mais de 700 milhões de euros.
Das 55 empresas credoras do Estado, o Ministério da Saúde assinou acordo com 15 para negociar o pagamento das dívidas. Falta fechar acordo com mais 30 empresas.
No entanto, a tutela prevê pagar até ao final deste mês mil e 500 milhões de euros, verba que recebeu no Orçamento Retificativo para pagar parte da dívida do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
De acordo com o Diário Económico, que cita uma fonte próxima do processo, no final estes descontos vão permitir uma poupança de cerca de 60 milhões de euros.
Esta negociação foi uma das exigências da troika para dar “luz verde” ao uso do dinheiro proveniente dos fundos de pensões da banca para pagar dívidas da Saúde.
Os peritos internacionais aconselharam o ministro Paulo Macedo a negociar um perdão parcial sobre as dívidas vencidas ou um desconto nos fornecimentos futuros. Medida que a Apifarma e a Confederação Empresarial de Portugal consideraram inaceitável.
De acordo com dados da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica, em junho os hospitais do SNS deviam mil 588 milhões de euros aos fornecedores da indústria farmacêutica, sendo o prazo médio de pagamento de 557 dias.
Os maiores devedores são os hospitais da capital: Centro Hospitalar de Lisboa Norte – que inclui o Santa Maria e o Pulido Valente, o Centro Hospitalar Lisboa Central e o de Lisboa Ocidental.
Contactado pela TSF, o Ministério da Saúde diz que não ter qualquer comentário a fazer à noticia do Diário Económico.
Notícia actualizada às 9h45