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Renegociação das parcerias público-privadas pagaria divida do SNS

O Bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, criticou na passada sexta-feira os cortes no Serviço Nacional de Saúde, cuja dívida, de três mil milhões de euros, poderia ser paga com a renegociação das parcerias públicos privadas do sector rodoviário, avança a agência Lusa.
“Não podemos aceitar que se continue a cortar no Serviços Nacional de Saúde (SNS), que é o melhor serviço público português”, afirmou José Manuel Silva, defendendo que “bastaria a renegociação das parcerias público privadas no sector rodoviário para pagar a dívida deste que é o melhor serviço público português”.
Orador num debate sobre a reorganização dos serviços de saúde, José Manuel Silva elogiou o SNS, cujos indicadores da OCDE “coloca entre os melhores do mundo” e lembrou que a dívida do serviço, orçada em três mil milhões de euros, “é apenas 0,5% do total da dívida do país”.
Para o bastonário é “essencial” o Governo avançar com a reorganização dos cuidados de saúde primários e “fundamentar devidamente, com estudo técnicos, os serviços que nos dizem que têm que fechar, com base em estudos sobre os quais nunca mostram os resultados”.
Defensor de hospitais de proximidade o bastonário criticou ainda o sistema de financiamento hospitalar “completamente enviesado” e que “distorce completamente o funcionamento dos hospitais”.
A cirurgia de obesidade, “que poupa dinheiro ao erário público e está praticamente suspensa, quando devia ser quase obrigatória para os diabéticos” foi um dos exemplos apontados por José Manuel Silva.
“Há pessoas que decidem sobre saúde como se pudessem resolver as questões com um passe de mágica e que pensam que se fecharem os hospitais os doentes desaparecem”, afirmou.
José Manuel Silva falava nas Caldas da Rainha onde esta noite participou num debate sobre a reorganização dos cuidados hospitalares, promovido pelo movimento cívico “Juntos pelo Nosso Hospital”.
Questionado pela agência Lusa sobre as declarações do ministro da Saúde, Paulo Macedo, – que admitiu que a contratação de médicos à hora, contestada por sindicatos, vai continuar “nos próximos anos”, para suprimir necessidades nos centros de saúde e nas urgências hospitalares – , o bastonário declinou qualquer comentário.

Fonte: RCM Pharma, 16 de Julho de 2012

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