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Greve faz adiar 4382 cirurgias

Em causa podem estar também 426 mil consultas. Paulo Macedo tenta evitar paralisação com nova grelha salarial e progressão nas carreiras.

A greve dos médicos, que continua marcada para os próximos dias 11 e 12, pode colocar em causa mais de 426 mil consultas e 4382 cirurgias. Com a paralisação de dois dias, o Estado deixa de pagar perto de 6,5 milhões de euros em salários aos clínicos.

O ministro da Saúde, Paulo Macedo, quer evitar a greve a todo o custo e está disponível para continuar a negociar com os sindicatos “desde que se retomem as negociações que estavam a decorrer antes do anúncio da greve”, segundo fonte do Ministério da Saúde.

Ao que o CM apurou, a reunião com os sindicatos está marcada já para este fim-de-semana e Paulo Macedo já tem pronta uma grelha salarial que contempla progressões na carreira. Aliás, como exemplo da progressão, o Ministério da Saúde criou o grau de Consultor nas várias áreas de especialidade da carreira especial médica, tendo o concurso sido publicado no Diário da República de ontem.

Mas Paulo Macedo só se sentará a discutir a tabela com os sindicatos quando estes desconvocarem a greve. “Não há que ter medo de ninguém que exerce os seus direitos, seja o direito de voto ou direito à greve. Agora, estou claramente preocupado com os prejuízos que a paralisação possa causar”, afirmou o ministro, no Porto, à margem da cerimónia de lançamento de um novo portal que permite aos médicos terem acesso ao historial dos doentes.

Tanto o Sindicato Independente dos Médicos (SIM), como a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) mantinham ontem a convocação da greve.

Jorge Roque da Cunha, do SIM, afirma que “o motivo da greve” se mantém. Mário Jorge Neves, da FNAM, avisa que também não vê nenhum sinal “credível que permita encarar qualquer hipótese, por mais remota que seja, de não concretizar a greve como espaço legal e constitucional da manifestação da justa indignação dos médicos”.

Terapeutas recebem 3,02 euros à hora

O Sindicato dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (SINDITE), depois de se saber que havia enfermeiros contratados a 3,96 euros por hora, anunciou que existe também “um elevado número” de profissionais daquela área a exercerem funções em administrações regionais de saúde (ARS) por um valor de 3,02 euros à hora. Em comunicado, o sindicato acrescenta que os Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica (TDT) foram contratados através de empresas de trabalho temporário.

Fonte: Correio da Manhã, 7 de Julho de 2012

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