O ministro da Saúde, Paulo Macedo, garantiu esta terça-feira que o actual número de cirurgiões pediátricos dentro do Sistema Nacional de Saúde (SNS) é suficiente e acrescentou que o Governo vai trabalhar para que essa “resposta” continue.
“Hoje conseguimos dar resposta dentro do Sistema Nacional de Saúde, e mesmo quando o SNS não tem uma resposta completa pode recorrer a outras entidades, como aconteceu com a Cruz Vermelha no passado”, declarou Paulo Macedo, à margem da cerimónia de tomada de posse do novo Conselho de Administração do Centro de Entre o Douro e Vouga, em Santa Maria da Feira.
A Comissão Nacional de Saúde Materna, da Criança e do Adolescente considerou, por seu turno, que não está assegurada a continuidade cirúrgica cardíaca pediátrica nalguns centros e alertou que a sua manutenção a médio prazo pode estar em risco.
O ministro da Saúde reiterou que a “resposta” às necessidades de cirurgia pediátrica “existe”, mas sublinhou, no entanto, que o Governo tem de continuar a trabalhar para que “essa resposta possa continuar a acontecer”.
Segundo a proposta da Carta Hospitalar Materna, da Criança e do Adolescente, a maioria dos Centros de Cirurgia Cardíaca Pediátrica do nosso País tem o seu movimento mais complexo assegurado praticamente por um único cirurgião.
“Os cirurgiões cardíacos congénitos mais experientes e autónomos no nosso País têm mais de 50 anos e em alguns casos mais de 60”, reforça a comissão, lembrando que a quase totalidade dos cirurgiões mais novos em qualquer dos centros “não tem presentemente experiência e autonomia para realizarem casos mais complexos, nomeadamente cirurgia neonatal”.
Fonte: Correio da Manhã, 19 de Junho de 2012