“Olho para o país e vejo que este Governo só tem uma política: fechar serviços e diminuir a qualidade da prestação de serviços essenciais, como é o de saúde”, afirmou em Resende, ao comentar um estudo pedido pelo Governo à Entidade Reguladora da Saúde (ERS).
O documento sobre a Carta Hospitalar, colocada ontem em discussão pública, a ERS propõe que 26 hospitais públicos percam o internamento em medicina interna, cirurgia geral, neurologia, pediatria, obstetrícia e infecciologia.
“Quererei olhar bem para essa proposta, porque não aceito que haja portugueses que fiquem fora dos cuidados de saúde a tempo e horas e com qualidade”, frisou o líder do PS.
Seguro afirmou ainda que não concorda que “essa diferença seja feita em função do local de residência das pessoas” e a discriminação no acesso à saúde em Portugal se baseie em “razões económicas ou financeiras”.
Na proposta, a entidade reguladora defende que dois hospitais fiquem sem internamentos de pediatria (Póvoa de Varzim, Torres Novas) e que 15 deixem de operar doentes mais graves, apesar de poderem continuar a fazer cirurgias de ambulatório, sem internamento (Póvoa do Varzim, São João da Madeira, Santo Tirso, Pombal, Tondela, Seia, Ovar, Alcobaça e Elvas, além de Chaves, Lamego, Mirandela, Águeda, Torres Novas e Tomar). Outras quatro unidades devem deixar de ter medicina interna (São João da Madeira, Peso da Régua, Ovar e Peniche).
Fonte: Público, por Lusa , 3 de Junho de 2012