“O montante da dívida do Serviço Nacional de Saúde (SNS) a empresas de dispositivos médicos ascendia, no final do 1.º trimestre de 2012, a 1024 milhões de euros, um aumento de 246 milhões face a Dezembro do ano passado”, refere a Apormed, num comunicado emitido esta quarta-feira.
O valor em dívida à maior associação nacional das empresas que actuam no sector dos dispositivos médicos e tecnologias, que reúne 47 empresas que representam cerca de 60% deste mercado, corresponde actualmente a um prazo médio de pagamentos de 555 dias, mais 77 dias do que o registado no trimestre anterior.
“Constatamos que a tendência de subida que se tem verificado em todos os trimestres foi mais acentuada neste 1.º trimestre de 2012, devido ao facto do pagamento dos fornecimentos efectuados neste período, ao abrigo da Lei dos Compromissos, ter sido feito já em Maio, e de não ter sido ainda iniciada a prometida regularização do montante da dívida acumulada até Dezembro de 2011” refere Humberto Costa, secretário-geral da Apormed.
O responsável adianta ainda que as empresas deste sector estão preocupadas com “a forma como a regularização dessa dívida se irá processar, nomeadamente pelo facto de terem começado a ser conhecidos alguns casos de pedidos de descontos como contrapartida de um pagamento há muito devido”.
A Lei dos Compromissos, nota, já estará a ter um feito e estará já a impedir algumas unidades hospitalares de cumprir o prazo de pagamento estipulado no diploma para a dívida corrente e que estarão a recorrer a produtos em regime de empréstimo.
Fonte: Público, 23 de Maio de 2012