Embalagens de genéricos no total de remédios vendidos aumentou ligeiramente.
Do total das receitas passadas nos centros de saúde entre Fevereiro e Julho, 94% foram por via electrónica. Por outro lado, a resistência dos médicos privados em passar receitas via computador salta à vista: no mesmo período, apenas 9% dos médicos do sector privado o fizerem. Pelo meio, ficam os hospitais. Nestas instituições de saúde, 78% das receitas dispensaram a “mão do médico”.
Os dados do fornecidos ao Diário Económico pelo Ministério da Saúde, que fazem uma monitorização da prescrição de medicamentos, foram recolhidos antes da prescrição electrónica ter sido tornada obrigatória. Esta já era uma batalha do anterior Executivo, mas foi Paulo Macedo que decretou a sua obrigatoriedade a partir de Agosto passado.
As receitas electrónicas permitem um maior controlo sobre a prescrição e gastos com medicamentos, ao mesmo tempo que ajudam a detectar casos de fraude neste sector. De acordo com o ‘deadline’ da ‘troika’, até ao final deste mês o Governo terá de estabelecer um sistema de monitorização de prescrição e diagnóstico de cada médico, com informação regular.
Ainda de acordo com o relatório, entre Fevereiro e Julho, comparativamente com o período homólogo, registou-se um aumento, ainda que ligeiro da quota dos genéricos. “A proporção de embalagens de genéricos em relação ao total tem aumentando de forma tímida, mantendo sempre uma diferença entre os três sectores: 32,8% para os cuidados primários [centros de saúde], 28,2% para os hospitais do SNS e 24,6% para o sector de medicina privada”.
Fonte: Económico, 22 de Setembro de 2011