Relatório da Administração Central do Sistema de Saúde revela que o número de camas e de doentes referenciados subiu em 2014. Lisboa e Vale do Tejo é a região com mais dificuldades
No final do ano passado 844 utentes estavam à espera de uma cama de cuidados continuados ou paliativos. Mais de 40% destes utentes pertenciam à região de Lisboa e Vale do Tejo, onde a resposta ainda é pequena para as necessidades da população. De acordo com o relatório “Monitorização da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados – 2014”, publicado pela Administração Central do Sistema de Saúde, a maioria das pessoas aguardava por uma vaga nas unidades de cuidados de média e longa duração. No ano passado foram referenciados para a rede 41 657 utentes (mais 4,4% que no ano anterior) e assistidos 48 299 e o número de camas contratado subiu.
Segundo o documento, no final de 2014, entre os vários tipos de resposta que fazem parte da rede de cuidados continuados integrados, havia 844 utentes em espera. Um número inferior ao de 2013, que terminou com 1217 utentes em espera. É na região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) que estão a maior dos utentes em lista de espera, como aponta o documento: “42% dos utentes que aguardavam vaga a nível nacional encontravam-se em LVT”. Um resultado da menor capacidade de resposta em relação às necessidades, já referido em relatório anteriores. Mas foi também a região de Lisboa que mais cresceu em utentes referenciados.
Fonte: Diário de Notícias, 7 de maio de 2015