“As necessidades reais [do país] são superiores, faltam milhares de enfermeiros neste país”, disse, acrescentando que “segundo os números da OMS, e fazendo o cálculo para Portugal, faltam cerca de 12 mil enfermeiros”.
Germano Couto, que falava aos jornalistas no final de uma visita do ministro da Saúde, Paulo Macedo, à Unidade de Cuidados na Comunidade “Cuidar”, no Porto, disse que “Portugal tem de investir” nos cuidados de saúde primários, “para que o planeamento estratégico em saúde seja feito a 20 e 30 anos e não apenas no prazo de uma legislatura”.
No seu entender, o processo das unidades de cuidados na comunidade está a avançar de uma forma “lenta”, o que se traduz num prejuízo para os utentes.
A unidade de cuidados na comunidade “traz ganhos em saúde para a população, porque é na comunidade, em proximidade, em casa do cidadão que se prestam melhores serviços”, sublinhou.
Questionado sobre a tentativa de contratação de 600 enfermeiros portugueses por parte dos Emirados Árabes Unidos, Germano Couto referiu que o que “estão a fazer não é muito diferente do que o que países da União Europeia e de fora estão a fazer, que é recrutar profissionais com a mais alta qualificação”.
“Reconhecem que são bons, que estão bem qualificados”, disse, acrescentando que “a ordem está a promover [essa iniciativa] para tentar que os que estão no desemprego não percam as suas competências e possam rentabilizá-las onde são necessárias”.
Fonte: Público, 12 de Maio de 2012