Presente no encerramento da sessão de apresentação do Relatório da Primavera do Observatório Português dos Sistemas de Saúde (OPSS), o governante contestou, e com alguma contundência, algumas das principais conclusões que constam num documento que classificou de “político e com uma visão ideológica própria”.
“Não concordamos com a crítica. Não há racionamento. Os casos referidos são mais ou menos anedóticos. O SNS não será sujeito a nenhum tipo de racionamento”, reforçou o secretário de Estado de Paulo Macedo, salientando que o está em causa é uma política de racionalização dos custos.
Leal da Costa contestou ainda a conclusão de que, no último ano, aumentaram as dificuldades de acesso dos portugueses aos serviços de saúde.
Sobre as taxas moderadoras, Leal da Costa contestou o facto de o relatório não referir que o ministério aumentou “o número de pessoas que ficam isentas do seu pagamento”. Por outro lado, “nunca houve medicamentos tão baratos em Portugal e o relatório pouco ou nada diz” sobre isso.
O secretário de estado contestou ainda a conclusão de que não há uma política de saúde e que esta não esteja enquadrada com as medidas da troika.
Leal da Costa admitiu, no entanto, que o ministério não avaliou o impacto das medidas previstas no memorando e que esta é uma proposta que “merece” ser estudada. Já “as questões semânticas não são importantes”.
“Tudo isso é ruído de fundo que merece a consideração que merece”, afirmou.
Fonte: Público, 14 de Junho de 2012